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Fatores neuroprotetores que podem diminuir o risco do desenvolvimento de Doença de Alzheimer

Atualizado: 21 de set. de 2019

Por Thais Bento Lima da Silva*



Destaca-se que apesar do cérebro não ser um músculo se não receber estímulos ele atrofia e se ele for exercitado se desenvolve e se potencializa. Quanto mais usamos o cérebro, melhor ele funciona e mais protegido ele ficará de doenças e da degeneração. Por isso, além da boa nutrição, dormir bem, praticar atividades físicas, fazer atividades de ginástica cerebral são muito importantes para a memória permanecer saudável durante o processo de envelhecimento normal.


Cientificamente sabe-se que um dos fatores neuroprotetores mais importantes é a realização de exercícios intelectuais, popularmente conhecidos como exercícios de ginástica cerebral, estes exercícios são indicados como estratégias, para se praticar as ações estabelecidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para a redução de risco de demências. Estimular o cérebro com atividades intelectuais consolida as sinapses (conexões ou ligações entre os neurônios) por exemplo, pois ao estimular o cérebro com a prática dos exercícios intelectuais, o fluxo sanguíneo aumenta, com isso há um crescimento na produção de proteínas relacionadas ao processo de aprendizagem e de memorização recente, promovendo consequentemente o crescimento da rede neural ou seja uma arborização dos neurônios, deixando-os mais firmes e consistentes, possibilitando também a formação de uma reserva cognitiva.


Adicionalmente ocorre também um processo chamado neurogênese que é o nascimento neurônios, ao nascer estas novas células no cérebro, no caso os neurônios, o cérebro ficará mais resistente ao acúmulo de proteínas tóxicas que podem degenerar as suas células e estará mais protegido dos riscos do desenvolvimento de doenças neurológicas e degenerativas, como as doenças cerebrovasculares e as demências, sendo a mais conhecida a Doença de Alzheimer.


Alguns exercícios que auxiliam no processo de proteção cerebral: Jogos de atenção, como os jogos dos sete erros, caça palavras, jogos de estratégias como o SUDOKU, o treino com o ábaco (calculadora manual) e o Jogo da Velha, jogos de estimulo à linguagem como as palavras cruzadas. Uma dica importante é tentar sempre fazer coisas novas e estar em interação com outras pessoas, pois assim você oferecerá novos desafios para o cérebro, e permanecerá autônomo e independente por mais tempo durante seus anos de vida na velhice.





* Thais Bento Lima da Silva

É colaboradora do Tudo sobre Alzheimer.

Mestra e Doutora em Neurologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Coordenadora do Grupo de Apoio da ABRAZ Santa Cruz (Unidade colégio Marista Arquidiocesano, SP/SP). Conselheira executiva da Associação Brasileira de Gerontologia gestão 2017-2019.






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